O jogo pesado de Trump e a nova mira: o Brasil

Mais uma vez, os Estados Unidos mostram ao mundo que não têm amigos têm interesses. E quando os interesses norte-americanos entram em cena, especialmente sob a batuta de Donald Trump, a diplomacia vira espetáculo de vaudeville e a verdade é apenas um detalhe descartável.

Trump, em sua nova empreitada rumo ao centro do palco global, volta a utilizar a velha cartilha da opressão disfarçada de estratégia. O alvo da vez? O Brasil. Isso mesmo. O país que, historicamente, tentou se equilibrar na corda bamba entre os compromissos comerciais e as afinidades políticas com os Estados Unidos agora virou protagonista de mais uma narrativa fake fabricada pelo ex-presidente americano, que insiste em misturar diplomacia com seu jogo bruto de poder e desinformação.

Donald Trump não trata parceiros com respeito, trata com pressão. Com ele, o que vale é a lógica do “ou você concorda comigo, ou está contra mim”. E para isso, ele lança mão de mentiras, distorções e manipulações, como um roteirista de má-fé. Ele cria inimigos onde há aliados, ameaça onde deveria haver diálogo, e planta desconfiança onde seria necessário construir pontes.

O Brasil, que nos últimos anos tentou se colocar como um parceiro confiável, agora se vê no centro de um furacão geopolítico alimentado por teorias conspiratórias, fake news e decisões unilaterais que ferem o espírito da boa convivência entre nações. Trump age como um imperador do século XXI, desconsiderando o peso e a soberania de outras nações em nome do seu projeto pessoal de poder.

O que se vê é uma relação internacional cada vez mais contaminada pelo populismo digital, pela arrogância institucionalizada e por ataques sistemáticos ao equilíbrio mundial. E quando o Brasil entra na mira, é bom lembrar: não se trata apenas de um país com recursos naturais e potencial econômico trata-se de um povo, de uma cultura, de uma nação que merece respeito e autonomia.

A pergunta que fica é: até quando o mundo vai tolerar essa política internacional baseada no medo e na manipulação? E até quando nós, brasileiros, vamos aceitar sermos tratados como satélites, em vez de parceiros?

A política externa não pode ser refém de um homem. Muito menos de um homem que já mostrou que prefere o caos à construção. E se o Brasil quiser realmente ocupar um lugar de respeito no cenário global, precisa se posicionar com firmeza. Com dignidade. E principalmente: com verdade.

Porque se existe algo que Trump despreza, é justamente aquilo que sustenta as boas relações: o respeito mútuo.