Sabe aquela história que a gente escuta desde criança? “O Brasil é o país do futuro”? Pois é… Mas o futuro, parece, continua preso no passado.
Depois de perder no Congresso a batalha sobre o IOF — aquele imposto que o governo queria manter pra continuar arrecadando nas costas do povo — o que o governo Lula fez? Recuou? Reavaliou? Pediu diálogo? Que nada. Abriu o cofre e mandou pra base aliada nada menos que R$ 474 milhões em emendas parlamentares. Quase meio bilhão de reais! Isso mesmo, você não ouviu errado.
É o velho “toma lá, dá cá”. A política de balcão. O Brasil, que deveria estar sendo reconstruído com seriedade, cai de novo no jogo sujo da barganha.
Perdeu uma votação? Não tem problema. Distribui umas emendas aqui, uns milhões ali, e tudo se ajeita. Mas ajeita pra quem, hein? Pro povo? Pro trabalhador que madruga no ônibus? Pro jovem que sonha em estudar, mas não tem escola decente? Não. Ajeita pra base aliada, pros deputados e senadores que seguram o governo no grito… ou no recibo.
E o mais revoltante, ouvinte, é que essas emendas não têm compromisso com prioridade nacional. São moedas eleitorais. São currículos inflados com obras pontuais, placas de inauguração, tapinha nas costas e muita selfie nas redes sociais.
A pergunta que não quer calar é: até quando? Até quando a gente vai aceitar que se governe o país com esse jeitinho? Que se compre apoio como se fosse um leilão político? A governabilidade virou uma questão de caixa. De repasse. De liberação. E a política, que deveria ser instrumento de transformação, virou balcão de negócios.
O discurso do “nós contra eles”, do “novo contra o velho”, caiu por terra. No fundo, é tudo farinha do mesmo saco. A prática é a mesma. E quem paga a conta, claro, é você. O brasileiro que sua pra pagar imposto e recebe de volta migalhas.
Estamos em 2025, minha gente, mas Brasília parece viver num tempo paralelo. Um lugar onde os velhos vícios são reciclados e apresentados como grandes feitos de articulação.
E quando o povo acordar de verdade, pode ser que não sobre pedra sobre pedra nesse castelo de cartas. Até lá, seguimos aqui — vigilantes, atentos, e com o microfone aberto pra denunciar mais esse absurdo. Porque o Brasil merece mais do que um governo que se sustenta em cima de dinheiro público trocado por apoio.