Num planeta com avanços tecnológicos nunca antes vistos, com inteligência artificial no bolso e robôs em cirurgias, ainda somos incapazes de resolver o mais antigo e cruel dos males humanos: a guerra. Do Oriente Médio à Europa Oriental, da África Central à tensão na Ásia, o mapa do mundo parece uma mancha viva de sangue e ruína. O século XXI, que prometia ser da paz e da razão, tem sido palco de destruições em nome de poder, dinheiro, ideologia e intolerância.
O que move o ser humano ao conflito? Essa pergunta, há milênios sem resposta, parece ecoar mais forte agora, diante de tantas tragédias assistidas em tempo real. Crianças soterradas por bombas, famílias dilaceradas por fronteiras, jovens soldados mortos por ordens de velhos senhores da guerra. E tudo isso com uma naturalidade perturbadora. A guerra virou notícia corriqueira, como a previsão do tempo.
Enquanto isso, discursos de ódio ganham espaço em parlamentos, redes sociais e púlpitos. O amor ao próximo foi trocado por slogans de vingança. A compaixão se escondeu debaixo de tanques. E Deus? Muitos o evocam, poucos o seguem. Porque Deus verdadeiro seja no cristianismo, islamismo, judaísmo ou qualquer outra fé não prega a destruição, mas o perdão, a construção, a fraternidade.
Precisamos urgentemente trazer Deus de volta para dentro, não apenas nos templos, mas nas atitudes. Não como símbolo político, não como bandeira em guerra santa, mas como essência de um viver mais justo e pacífico. O planeta pede socorro. E esse pedido não é apenas ecológico ou econômico, é espiritual. Falta Deus nos corações. Falta humildade. Falta escutar mais e atirar menos.
Estamos todos, de algum modo, em guerra. Contra o outro, contra nós mesmos, contra a esperança. Chegou a hora de levantar bandeiras brancas e não mais canhões. De parar de matar em nome da paz. A verdadeira revolução do nosso tempo não será feita com armas, mas com compaixão, empatia e um retorno sincero à espiritualidade que une, e não à religião que separa.
O mundo não precisa de mais soldados. Precisa de mais homens e mulheres de paz. Porque sem paz, não haverá planeta. E sem Deus, não haverá paz.