A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (2) que respeita a decisão do PP e do União Brasil de deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo ela, “ninguém é obrigado a ficar”, mas destacou que quem optar por permanecer deve se comprometer com a aprovação das principais pautas do Executivo no Congresso Nacional.
“Respeitamos a decisão da direção da Federação da UP (União Progressista). Ninguém é obrigado a ficar no governo. Também não estamos pedindo para ninguém sair. Mas quem permanecer deve ter compromisso com o presidente Lula e com as pautas principais que este governo defende, como justiça tributária, a democracia e o estado de direito, nossa soberania”, declarou a ministra em nota.
A fala ocorre após os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do União Brasil, Antonio Rueda, anunciarem o desembarque do governo e determinarem que os ministros das legendas deixem os cargos em até 30 dias. As mudanças atingem André Fufuca (Esportes), do PP, e Celso Sabino (Turismo), do União.
Outros nomes da cota do União Brasil, porém, devem ser preservados. É o caso de Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações), que não são filiados a partidos políticos e foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
Gleisi ainda lembrou que o compromisso com a base governista se estende a cargos de menor escalão ocupados por indicados partidários.
“Isso vale para quem tem mandato e para quem não tem, inclusive para aqueles que indicam pessoas para posições no governo, seja na administração direta, indireta ou regionais”, reforçou.